A obtenção de resultados satisfatórios
por meio da prática de quaisquer modalidades esportivas está diretamente
associado à performance nela exercida. Assim, seja na busca por
esculpir seu corpo através da musculação, adquirir resistência
cardiovascular com a corrida, coordenação motora no tênis de mesa,
flexibilidade na ginástica ou qualquer outro caso, o sucesso é diretamente proporcional ao grau de efetividade que essa atividade será realizada e, obviamente, ao grau de intensidade a qual você é submetido frente àquele exercício.
Hoje, sabe-se que a alimentação e, mais
precisamente, os protocolos dietéticos específicos aderidos dentro de um
programa coerente, são mais do que fundamentais não só para auxiliar
nesse máximo desempenho, mas também, para auxiliar largamente nos
processos preparatórios para tal atividade e, claro, na recuperação
pós-atividade também. Essa alimentação, deve atender as demandas de cada
corpo individualmente a levar em considerações fatores como as
necessidades fisiobiológicas individuais (composição corpórea,
metabolismo etc), a atividade praticada e o grau de intensidade, fatores
externos (aonde a atividade é praticada, aonde o clima do local, onde o
indivíduo vive), as condições de rotina diária do indivíduo, suas
possibilidades financeiras, suas preferências entre outras
considerações.
Especificamente a musculação é um esporte o qual necessita de um cuidado extra
quando o assunto é a combinação do treinamento e do protocolo
dietético. Isso porque, além da busca pelo desempenho através dela, a
mesma se associa diretamente com a constituição corpórea de um indivíduo
e com suas modificações também, visto que, uma vez manipulada, pode se
tornar uma grande aliada ou uma grande vilã na história.
Apesar dessa importância pautada pela
alimentação, é muito comum observarmos alguns mesmos erros já taxados os
quais são cometidos, por praticantes de musculação em diferentes
estágios e tempos de prática e até mesmo por alguns esportistas,
comprometendo assim diretamente o seu ganho e/ou o seu treinamento.
Assim, conhecer e saber como corrigir esses pequenos erros é de grande ajuda nesse processo.
1- Confundir os gramas de alimento com os gramas de macronutrientes
Um primeiro grande erro que me vem à
mente quando o assunto são os protocolos dietéticos é a falta da busca
por um profissional que possa auxiliar nesta construção. Desta forma,
muitos, por desacreditar na competência e efetividade desses
profissionais ou por falta de condições de custear um bom profissional,
acabam por ter de manipular seus próprios protocolos, buscando por si só
algum tipo de conhecimento. Entretanto, esse conhecimento adquirido nem
sempre é o correto ou nem sempre é suficiente, visto a larga quantidade
de informações que hoje se obtém. Desta forma, muitos conceitos começam
a se tornar errôneos e, pior: a se consolidar também. Um deles, é a confusão entre a gramagem de um alimento e a quantidade de macronutrientes nele presente.
Por exemplo, é o caso daquele indivíduo que quando perguntamos a
quantidade de carboidrato, proteína ou lipídio em sua refeição, costuma
responder “350g de carboidratos por refeição e 250g de proteínas”.
Assim, assustados, os que conhecem o conceito do que foi perguntado,
logo imaginam que trata-se de um mutante, afinal, fazendo míseras 6
refeições ao dia, isso totalizaria cerca de 2100g de carboidratos e
1500g de proteínas ao dia, totalizando só aí (Sem contar os lipídios)
14400Kcal diárias. Ou seja, estaríamos nós falando de um mutante!
Devemos saber que os alimentos são
compostos de materiais orgânicos, água entre algumas outras matérias,
ocasionando o seu peso. Por isso o peso do alimento não é o peso do
macronutriente dele, exemplo, 200g de frango (alimento), NÃO são 200g de
proteínas, mas sim, 200g de alimento, o que, do macronutriente, possui
apenas 48g.
Além disso, devemos observar se estamos
falando do peso do alimento cru ou preparado (e aí, varia conforme a
preparação, podendo ela ser frita, assada, cozida etc), pois, isso
também altera o peso do alimento, na medida em que ele é hidratado ou
desidratado. Por exemplo 200g de frango 200g de frango cru possuem 48g
de proteínas, enquanto 200g de frango grelhado, quase o dobro dessa
quantidade.
2- Alternâncias constantes entre o ganho de massa muscular e a redução de gordura corpórea
Outro fator que faz muitos indivíduos
errarem em seus protocolos é a alternância constante por métodos de
ganho muscular, em especial com a dieta e, com métodos de busca por
definição.
Isso se deve ao fato de que tanto para
um quanto para outro, necessitamos em um considerável período, tanto
porque, necessitamos CONSOLIDAR os resultados, o que é bem mais
vantajoso (e leva mais tempo, por hora).
Alternar constantemente entre esses dois
métodos acaba por fazer o indivíduo não ter tempo hábil para progredir
com um ou com outro. Neste caso, o mais importante é traçar sua própria
diretriz e, acima de tudo, pensar o mais grandemente possível, a fim de
realizar um só protocolo por um bom período, utilizando o bom senso e,
claro, acima de tudo, suas preferências. Faça bem feito!
3- Desconsiderar o uso de alimentos funcionais na dieta
Alimentos funcionais a
grosso modo são alimentos que podem ou não conter calorias, mas, que,
representam uma funcionalidade ou uma propriedade adicional perante seu
consumo. Por exemplo, a epigalocatequina, presente no chá verde, o
licopeno no tomate ou o resveratrol na uva. Outros dois bons exemplos
são os alimentos prebióticos e probióticos (em especial os presentes em
derivados de lácteos) que são tão citados na mídia moderna.
Esses alimentos funcionais incrementam benefícios os quais não são obtidos facilmente. Entretanto,
muitos são os indivíduos que desconsideram seu uso, tanto em off season
quanto em fase de definição muscular. Esses alimentos podem ajudar não
só de maneira funcional, mas, no seu objetivo, especificamente.
Vejamos por exemplo, free bodybuilders
que desejam otimizar seus níveis insulínicos e o aproveitamento desse
importante hormônio: Poderiam, por sua vez utilizar, por exemplo, os
polifenóis da canela. Até mesmo as fibras alimentares (em quantidades
convenientes, claro) são importantes aos praticantes de musculação, por
inúmeros fatores, além dos de saúde, CLARO! A alicina, presente no alho
também auxilia, por exemplo, na redução da gordura corpórea, entre
outros.
4- Consumir muitos alimentos integrais
Os alimentos integrais
são sim bastante indicados e saudáveis em uma dieta. Eles possuem,
normalmente vitaminas do complexo B em grande escala, possuem uma
quantidade maior de micronutrientes, auxiliam em fatores funcionais e
etc. Entre os benefícios que eles fornecem, podemos citar, as fibras
alimentares, em especial. Esses carboidratos não digeríveis (FA) são
encontrados, em bem maior quantidade quando comparados com alimentos
refinados ou processados (por exemplo, o arroz integral X arroz branco).
As
fibras alimentares são indispensáveis na dieta? Sim, certamente, pelo menos em casos fisiológicos normais. Elas apresentam benefícios como a
ajuda
ao controle à glicemia pós-prandial, auxiliam na saúde da flora
intestinal, auxiliam na absorção de nutrientes, auxiliam na formação e
fluxo do bolo fecal, auxiliam na prevenção ao câncer de cólon, entre
outros tantos fatores. Entretanto, seu consumo inadequado para mais pode trazer inúmeros prejuízos, tais quais
constipação
intestinal, aumento da sensação de empachamento gástrico, fatores
antinutricionais que inibem a absorção de alguns micro e
macronutrientes, pancreatite, gases, desconfortos abdominais, sobrecarga
no aparelho gastrointestinal, entre outros.
As recomendações de fibras alimentares
chegam até 30g/dia para um adulto, porém, algumas referência hoje,
principalmente levando em consideração os hábitos alimentares atuais
chegam a considerar ideais 35g, o que é questionado por alguns
nutricionistas.
Portanto, fique bastante atento e, não pense que SEMPRE os alimentos integrais sejam as melhores opções.
5- Não pesar os alimentos
Isso mesmo! Não pesar os alimentos, seja
por falta de paciência, por falta de balança ou por falta de tempo é
passo fundamental para DESTRUIR sua dieta e, consequentemente seus
ganhos. Pesar os alimentos é indispensável para que se possa obter a
quantidade correta em prol do que foi calculado anteriormente em sua
dieta.
Muitos indivíduos consomem os alimentos
“a olho” e, quando vão, de fato ver o que estão fazendo e, decidem pesar
os alimentos, entendem a importância que há nesse procedimento. Tanto
porque, você já ouviu algo a respeito de que o cérebro pode modificar o
jeito como vemos algumas imagens, de acordo com nosso humor, nossas
características individuais etc? Hoje, uma balança boa e digital custa
em torno de 40 reais, um investimento baixo por um produto de benefício
ímpar. Você ainda pode optar por balanças mais caras e precisas com um
valo NÃO muito superior.
Adquira uma balança de precisão e digital (NÃO USE A ANALÓGICA!!!). É um item barato e que o auxiliará largamente na obtenção de resultados sólidos.
Conclusão:
Muitos são os erros que frequentemente
são cometidos em uma dieta, seja ela para ganho de massa muscular ou
redução do percentual de gordura. Eleger 5 desses muitos erros é uma
tarefa um tanto quando difícil, pois, todo fator que interfira em uma
dieta (podendo o fator ser negativo ou positivo) é importante.
Lembre-se de que os pequenos detalhes fazem SIM uma tremenda diferença!
Seja esperto e valorize cada item na formação e produção de seu protocolo dietético.
Bons treinos!